Cartilha do Centro de Monitoramento da Defesa Civil esclarece público e coordenadores municipais sobre estiagem

Publicação elaborada pelo Cemoa visa subsidiar gestores para tomada de medidas de planejamento e enfrentamento

O Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), setor que compõe a Defesa Civil do Estado do Amazonas, elaborou a “Cartilha Informativa de Estiagem”. A iniciativa tem como objetivo subsidiar os coordenadores municipais com informações técnicas que possam auxiliar nas medidas de planejamento e enfrentamento, dos quadros climatológico e hidrológico estabelecidos no segundo semestre do ano. A cartilha já está disponível no site http://www.defesacivil.am.gov.br/

Estiagem é o período prolongado de ausência de chuva, em que a perda de umidade do solo é superior a sua reposição. O evento natural pode propiciar desastres relacionados à condição climática e hidrológica, e ainda potencializar a ação humana com respeito aos incêndios em áreas urbanas e rurais.

No Cemoa, é realizado o monitoramento diário de variáveis que podem desencadear a ocorrência de desastres nas áreas da hidrologia e meteorologia. Os produtos gerados em colaboração com institutos, agências e centros de monitoramento, subsidiam e amparam as ações de planejamento e tomadas de decisões que serão fornecidas aos 62 municípios do estado.

 

Documentos como pareceres técnicos, informativos, avisos e alertas são disponibilizados regularmente para as Coordenadorias/Secretarias de Defesa Civil Municipais do Estado, com o objetivo de otimizar a gestão de risco (prevenção, mitigação e preparação) e o gerenciamento de desastre (resposta e recuperação) para evitar potenciais desastres, e minimizar impactos sobre a população.

“Nosso principal objetivo é enviar uma resposta antecipada, que possa ajudar a população a se preparar, visto que nosso estado sofre eventos como inundações e estiagens, que são naturais, cíclicos e sazonais”, informou o sargento Charlis Barroso, chefe do Cemoa.

Cartilha Informativa de Estiagem CEMOA

Estiagem 2021 e Situação dos municípios

 

Defesa Civil do Amazonas divulga o levantamento relativo à Estiagem 2021, realizado diariamente pelo órgão, por meio do Cemoa, e pela gerência regional que realiza o acompanhamento diário com os coordenadores municipais.

Bacia do Juruá: o nível do rio na região se encontra em processo regular de vazante, com níveis baixos para o atual período do ano. A estação de referência, localizada em Cruzeiro do Sul (AC), registrou na quinta-feira (23/09) o nível de 4,94 metros (subiu 0,10m).

No dia 23 de setembro de 1995, no ano da menor vazante no município, foi registrado o nível de 4,25m (0,69m abaixo da cota atual). A menor vazante registrada no rio Juruá, tendo como referência o município de Cruzeiro do Sul, deu-se no dia 1º de julho de 1995, atingindo a cota de 2,20m, faltando 2,74m para se atingir a referida cota, enquadrando a região em Status de Alerta.

Bacia do Purus: o nível do rio em Rio Branco (AC) se encontra em processo de vazante, com cotas baixas para o atual período do ano, indicando vazante severa na região, com influência remota nas regiões do Alto e Médio Purus.

A estação referência para a região, localizada no município de Boca do Acre, registrou na quinta-feira (23/09) o nível de 4,42m (subiu 0,02m). No dia 23 de setembro de 2017, ano da menor vazante no município, registrou o nível de 4,18m (0,24m abaixo da cota atual). A menor vazante registrada em Boca do Acre se deu no dia 07 de outubro de 1998, atingindo a cota de 2,19m, faltando 2,23m para se atingir a referida cota, enquadrando a região em Status de Alerta.

Bacia do Madeira: o rio Madeira se encontra em processo de vazante, com níveis no limite inferior à faixa de normalidade, indicando possibilidade de vazante severa na região. A estação que monitora a região, no município de Humaitá, registrou na quinta-feira (23/09) o nível de 10,32m (baixou 0,01m).

No dia 23 de setembro de 1969, ano da menor vazante registrada no município, registrou o nível de 8,61m (1,71m abaixo da cota atual). A menor vazante registrada em Humaitá ocorreu no dia 1º de outubro de 1969, atingindo a cota de 8,33m, faltando 1,99m para se atingir a referida cota, enquadrando a região no Status de Atenção.

Alto Solimões: em processo natural de vazante. A estação que monitora a região no município de Tabatinga registrou na quinta-feira (23/09) o nível de 3,28m (subiu 0,11m). No dia 23 de setembro de 2010, ano da menor vazante no município, registrou o nível de 0,80m (2,48m abaixo da cota atual). A menor vazante registrada em Tabatinga se deu no dia 11 de outubro de 2010, atingindo -0,86m, faltando 4,14m para se atingir a referida cota, enquadrando a região em Status de Atenção.

As demais calhas se encontram em situação de normalidade quanto ao nível dos rios.